Estudo foi feito por 17 universidades do Brasil e uma do Chile e também mostra que 68% da população poderá estar acima do peso. Estimativas preocupam pelo risco de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e o aumento no fluxo de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
4 de Março marcado como Dia Mundial da Obesidade e um estudo feito por 17 pesquisadores de universidades brasileiras e uma chilena mostra que, em 2030, o Brasil poderá ter 26% da sua população obesa. O número é ainda mais preocupante quando se fala em população acima do peso – esse índice pode chegar a 68%.
Os estudiosos explicam que isso pode impactar na saúde pública, já que o excesso de peso e a obesidade aumentam os riscos de várias Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) e, com isso, mais pessoas buscam atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
A obesidade é uma doença que vai criando inflamações todos os dias no nosso corpo. “Isso gera uma série de malefícios, de doenças no nosso corpo. Vai aumentar o risco de diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, resistência à insulina, aumento do colesterol, do triglicerídeo, distúrbios do sono e de humor, compulsões alimentares. E a gente já sabe que hoje, a principal causa de cânceres que poderiam ser evitados são por conta da obesidade aqui no Brasil.”
A pesquisa também mostra que os índices já estão aumentando. A porcentagem de pessoas com excesso de peso aumentou de 42,6% em 2006 para 55,4% em 2019. Já a obesidade saltou de 11,8% para 20,3% no mesmo período.
Os principais fatores de risco para DCNT são tabagismo, consumo abusivo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física.
Segundo cirurgiões geral, bariátricos e do trauma, o índice de massa corporal (IMC) é critério utilizado de forma universal. O número é o resultado do peso dividido pela altura do quadrado. “Isso vai gerar um índice onde o IMC ideal ou perto do que a gente necessita seria entre 18 e 25. Acima disso, de 25-30, tratamos como sinal de alerta, chamando de sobrepeso. E a partir de 30% de massa corporal, a gente já considera portador de uma doença grave e crônica chamada obesidade”, explica.
Os médicos também explicam que existem graus de obesidade: entre 30 a 35, se classifica como obesidade grau 1; de 35 a 40, obesidade grau 2 e acima de 40, obesidade mórbida ou obesidade. Os índices são importantes para classificar o grau da doença e indicar o melhor tratamento.
No que diz respeito à alimentação, o indivíduo deve ter em mente a necessidade de ingerir vegetais, como frutas e legumes. Além disso, é importante reduzir o consumo de gorduras e açúcares. A prática de atividades físicas também deve ser adotada, sendo importante conversar com um médico para que ele avalie a melhor atividade a ser praticada.
É importante também que as pessoas adotem um hábito de vida mais ativo, como procurar percorrer pequenas distâncias a pé, em vez de utilizar o carro, e dar preferência às escadas no lugar do elevador. Medidas simples adotadas no dia a dia podem prevenir doenças e melhorar nossa a qualidade de vida. Comece hoje mesmo a mudar os seus hábitos.
Fonte: Brasil 61