Uma pesquisa realizada pelo IBGE aponta que uma em cada três crianças, de cinco a nove anos, está acima do peso no Brasil. Nesse sentido, um estudo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em parceria com a Imperial College de Londres, destaca que a tendência é de que, no mundo, a partir de 2022, existam “mais crianças obesas do que abaixo do peso”.
É com base nesse retrospecto que, a obesidade infantil, vem ganhando cada vez mais o status de epidemia. De acordo com especialistas, esse é um problema bastante preocupante, pois é na infância que “a criança deveria estar em pleno desenvolvimento físico”.
Ou seja, além do caráter estético, o sobrepeso pode ocasionar problemas de saúde que afetam a qualidade de vida da criança, chegando a afetar o desenvolvimento ideal dos ossos, músculos e articulações, prejudicando até mesmo sua formação de esqueleto.
Além disso, a obesidade infantil pode motivar o desenvolvimento de diversos problemas de saúde, como:
Doenças respiratórias, como a asma e apneia;
Doenças ortopédicas, como problemas de coluna e joelho;
Disfunções do fígado, em razão do acúmulo de gordura;
Colesterol alto;
Diabetes;
Hipertensão arterial;
Complicações metabólicas;
Acne;
Assaduras e dermatites;
Enxaquecas etc.
QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DA OBESIDADE INFANTIL E COMO COMBATÊ-LAS?
Entre os diversos fatores que influenciam a ocorrência de obesidade infantil, está o consumo exagerado de alimentos gordurosos. Os famosos e tão queridos fast foods, como, por exemplo, hambúrgueres e pizzas, tendem a ser prejudiciais se consumidos em excesso.
O paladar infantil, se não desenvolvido adequadamente, pode comprometer a médio e longo prazo a saúde das crianças. Em muitos casos, o que ocorre, também, é a compulsão alimentar, relacionada a problemas psicológicos, associados a quadros de ansiedade e depressão.
Para uma rotina alimentar adequada na vida das crianças, aconselha-se a reeducação alimentar de toda a família, pois o ambiente em que elas estão inseridas é primordial para ditar seus hábitos alimentares. Quanto à questão psicológica, é super indicado que tenham o acompanhamento adequado, para tratarem possíveis traumas e estigmas que impulsionam sua compulsão por alimentos.
Outro fator apontado pelos especialistas como determinante para o desenvolvimento da obesidade infantil, está relacionado ao hábito cada vez mais sedentário das crianças. Atividades como a prática de esportes e brincadeiras nas ruas (muito também em questão da criminalidade urbana) estão perdendo espaço para a excessiva utilização de smartphones, tablets e jogos virtuais.
Aconselha-se estimular as crianças a realizarem a prática de alguma modalidade esportiva de sua preferência, a fim de se exercitarem e interagirem com outros jovens. Além disso, vale estipular a quantidade de horas diárias para a utilização de smartphones e a permanência delas sentadas diante das telas jogando video games.
Além do mais, especialistas salientam que variações hormonais podem ser determinantes para o desenvolvimento da obesidade infantil, como o excesso de insulina, deficiência do hormônio de crescimento, excesso de hidrocortizona, os estrógenos etc. Algumas pesquisas também apontam para uma questão genética, na qual a obesidade dos pais pode vir a influenciar o desenvolvimento da obesidade precoce da criança.
Ou seja, a obesidade infantil decorre de uma série de fatores. Por isso, é sempre indicado a realização de exames com o devido acompanhamento médico para diagnosticar suas causas. Contudo, estimular a mudança de hábitos diários da criança deve ser sempre a premissa básica e primordial deste processo.
FONTES:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm
https://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/obesidadeinfantil/
https://www.unimed.coop.br/viver-bem/pais-e-filhos/obesidade-infantil